Fernando Abbott Galvão (Natal, 15
de setembro de 1922 — Natal, 15 de abril de 2009,
foi
um diplomata, educador, político e escritor brasileiro.
Cursou ginásio em Belo
Horizonte e depois seguiu para o Rio de Janeiro, onde se formou
em Direito, pela Universidade do Brasil, em 1948. Chegou a receber
treinamento, como Segundo Tenente, para servir na Segunda Guerra Mundial,
mas a Guerra terminou antes que seu batalhão embarcasse.
Em 1951, já de volta a Natal,
foi professor de português e de literatura brasileira e portuguesa no Colégio
Marista, onde havia cursado o primário. No mesmo ano foi eleito deputado
estadual.
Logo seguiu para o Rio de
Janeiro, no entanto, para dedicar-se aos estudos para o concurso
do Instituto Rio Branco. Ainda em 1951, foi aprovado em um concurso que
teve 86 candidatos e apenas 9 aprovados. Concluiu, como primeiro de turma, o
Curso de Preparação para a Carreira Diplomática (CPCD) dois anos mais tarde,
momento em que recebeu seu diploma das mãos do então presidente Getúlio
Vargas.
Como prêmio por sua colocação
no CPCD, estagiou nas missões permanentes brasileiras junto à ONU e
à OEA, em Nova York e Washington, respectivamente. Em 1955,
foi transferido para a missão junto às Nações Unidas, onde foi chefiado
pelo Embaixador Cyro de Freitas Valle, possivelmente o homem que mais
admirou ao longo de toda a carreira.
Em 1959, foi removido para a
Embaixada do Brasil em Caracas, onde serviu por três anos, antes de
retornar ao Rio de Janeiro. Já em 1964, foi transferido para a Embaixada
em Lisboa, cidade onde serviu duas vezes e onde fez amigos próximos com
quem manteve contato até o fim da vida.
De Lisboa, retornou
ao Brasil em 1968, onde serviu como adjunto da Assessoria Especial de
Relações Públicas do Palácio do Planalto, já em Brasília. Em 1970,
foi removido para Zurique para exercer o cargo de Cônsul-Geral.
Cumulativamente, foi Cônsul também em Vaduz.
Três anos mais tarde, retornou
ao Brasil para concorrer ao governo do Estado do Rio Grande do Norte Nas
eleições de 1974, ainda não diretas, foi derrotado por Tarcísio Maia.
Em 1975, seguiu para Lisboa,
onde serviu como Cônsul-Geral por 5 anos e meio. Foi removido então
para São Salvador, onde serviu como Embaixador durante a Guerra
Civil daquele país. Seu último posto, entre 1983 e 1987, foi Lagos, onde
serviu como Embaixador à época em que a cidade ainda era capital
da Nigéria. Cumulativamente, serviu também como Embaixador no Benin,
aonde foi apenas uma vez, para apresentar as suas Cartas Credenciais.
Aposentou-se em Natal em 1987,
de onde saiu apenas para visitar familiares e amigos nos Estados Unidos,
no Canadá, em Portugal, na Alemanha, na Espanha,
no Uruguai e em Brasília.
Em 2007, publicou O
Diário de Jonathas Abbott após quase uma década de pesquisas para a
elaboração das notas de rodapé e de uma pequena biografia de Jonathas
Abbott, seu trisavô, incluída na obra. Preparou, também, uma coletânea, ainda
não publicada, de artigos sobre a política do Rio Grande do Norte que escrevia
regularmente para jornais locais antes de ingressar no Instituto Rio Branco.
Outra coleção que também pretendia publicar é uma de cartas entre três
Embaixadores. Finalmente, havia começado a esboçar o Relatório Final,
suas memórias, para as quais havia organizado documentos de acordo com os
capítulos que pretendia escrever.
O Embaixador Fernando Abbott
Galvão morreu repentinamente, de uma parada cardíaca, em Natal, em 15 de abril
de 2009, quando se preparava para fazer um eletrocardiograma de rotina. Além da
viúva, Sônia Bezerra Galvão, deixou três filhos e seis netos.
FONTE - WIKIPÉDIA